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Gírias que Viraram Palavras Oficiais

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Do “mó legal” ao “crush”: como a linguagem informal conquista o dicionário

Você já deve ter ouvido (ou usado) expressões como top, crush, zoar, rolê, bugado, printar… Mas você sabia que muitas dessas palavras, antes vistas apenas como “linguagem de internet” ou “gíria de adolescente”, já foram incorporadas oficialmente ao nosso vocabulário?

A língua portuguesa está em constante transformação — e as gírias são uma das maiores provas disso. O que começa como uma fala informal entre grupos de jovens pode acabar, com o tempo e o uso frequente, entrando no dicionário e se tornando parte da norma culta.

📚 Como uma gíria vira palavra oficial?

Quando um termo informal passa a ser utilizado por uma grande parcela da população, em diferentes contextos (mídia, publicidade, literatura, redes sociais, etc.), os dicionários consideram sua inclusão. Isso acontece porque a língua se adapta ao uso real — e não o contrário. Afinal, os falantes moldam a língua com suas necessidades, hábitos e invenções.

🗣️ Exemplos de gírias que viraram palavras “sérias”

Veja alguns exemplos de gírias que foram oficializadas por dicionários como o Aurélio e o Houaiss:

  • Zoar – originalmente usada no sentido de “fazer piada”, hoje está nos dicionários com esse mesmo significado: brincar, caçoar, zombar.
  • Rolê – do cotidiano para o dicionário: passeio informal, saída para se divertir.
  • Printar – sim, vem do inglês print, e já é reconhecida como capturar ou copiar a imagem de uma tela.
  • Top – usada para expressar algo muito bom ou excelente. Exemplo: “Esse filme é top!”
  • Bugado – outro termo digital que já ganhou espaço: algo que não funciona direito, que deu erro.
  • Crush – também importada do inglês, virou palavra oficial como pessoa por quem se sente atração ou interesse amoroso.

💡 Curiosidade: o caso de “balada”

Sabia que balada já foi sinônimo apenas de poema lírico medieval? Hoje, é usada (e dicionarizada) como festa noturna com música e dança. Uma transformação e tanto, né?

👀 E o que isso diz sobre a língua?

A oficialização das gírias mostra que a língua não é estática nem “propriedade dos livros”: ela é viva, coletiva, e reflete o tempo em que vivemos. A entrada dessas palavras no vocabulário oficial é também um reconhecimento da força cultural das novas gerações — especialmente dos jovens conectados às redes sociais e à tecnologia.

✍️ Atividade interativa para a sala ou redes:

Desafio: Qual gíria você acha que deveria entrar no dicionário?
Comente aqui ou leve essa pergunta para a sala de aula. Incentive os alunos a pesquisarem o significado, origem e uso da palavra. Vale até criar um “minidicionário de gírias da turma”!


Conclusão:
Da periferia ao dicionário, das redes sociais à literatura contemporânea — as gírias mostram que o português é uma língua em constante construção. E isso é, sem dúvida… mó legal!

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